quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A CENSURA EM TEMPOS DE INTERNET... artigo especial do Jornalista JOSÉ DE Souza CASTRO! Alô Bom Despacho... alô Minas Gerais... alô Brasil... alô Eleitora... alô Eleitor... alô Candidato... alô Candidata... você deve - atentamente - LER, RELER o mais NOVO artigo do combativo e renomado Jornalista JOSÉ DE Souza CASTRO, o nosso popular 'JORNALISTA JOSÉ DE CASTRO' e/ou 'JOSÉ DE CASTRO' e/ou 'ZÉ DE CASTRO', denominado " A CENSURA EM TEMPOS DE INTERNET " ! Leia, analise, reflita, comente, divulgue, espalhe... que nem rastilho de pólvora!!!


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Charge HOMENAGEM ao competente Jornalista JOSÉ DE Souza CASTRO

"A CENSURA EM TEMPOS DE INTERNET"

JOSÉ DE SOUZA CASTRO (*)

04 de fevereiro de 2012

( PARA LER E CONFIRMAR LEGAL O ARTIGO, NA ÍNTEGRA, DÊ UM CLIQUE AQUI: http://t.co/BKgFUvRV  ) 

Achava que já havia visto de tudo na relação conflituosa entre políticos e jornalistas e quem mais ousasse criticá-los em qualquerveículo de comunicação. Por isso, me surpreendi com o ato do prefeito de Bom Despacho, Haroldo Queiroz, sobre quem já escrevi aqui http://t.co/UCzXwG24 contra o blogueiro Rosemberg Rodrigues de Castro.
É possível que Haroldo Queiroz tenha motivos para não gostar de Rosemberg, que em seu blog http://t.co/ZfO9QZEW o tem chamado pelo apelido (“Bode”) e por outros nomes que não deixam de serem indigestos para um prefeito que, coitado, já responde a um pedido à Justiça de seu afastamento, feito pelo Ministério Público mineiro, em agosto de 2011, sob acusação de enriquecimento ilícito.

É verdade também que, se pudesse, o prefeito provavelmente já teria acabado com o blog de Rosemberg e, melhor ainda, com o blog do vereador Fernando Cabral, do PPS, que lhe faz oposição na Câmara Municipal. O problema do prefeito é que existe na Constituição Brasileira de 1988 um artigo que garante a liberdade de imprensa e de opinião.

É verdade, ainda, que muitos políticos têm contornado esse direito inalienável de qualquer cidadão, recorrendo a juízes que se prestam a punir com multa ou prisão aos que, no seu entendimento, usam essa liberdade para difamar ou injuriar alguém. É o que aconteceu, entre muitos outros, com Ciro Gomes, como se lê nesta notícia de julho de 2010:

“O ex-presidenciável Ciro Gomes (PSB-CE) foi condenado a pagar uma indenização por danos morais de R$ 100 mil ao senador Fernando Collor (PTB-AL). A decisão foi tomada no dia 8 de agosto pelo juiz Marcos Roberto de Souza Bernicchi, da 5º Vara Cível de São Paulo. Collor processou Ciro por conta de uma entrevista feita em 1999. Nela, o ex-presidenciável diz que o ex-presidente Lula deveria ter chamado o senador de “playboy safado” e “cheirador de cocaína” nas eleições de 1989.”

É verdade, porém, que existem juízes que se cansaram de exercer o papel de censores da imprensa, papel que na ditadura Vargas e nas que se seguiram ao golpe militar de 1964, era relegado a quem não tinha qualquer preocupação com a Justiça, sobretudo a maus policiais. É o caso, por exemplo, da juíza Andrea Quintela, da 25. Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Em sua sentença numa das 37 ações movidas pelo banqueiro Daniel Dantas contra o jornalista Paulo Henrique Amorim, do blog Conversa Afiada. A íntegra da sentença que absolveu Amorim pode ser lida aqui: http://t.co/f8RWjsqz  Destaco este trecho:

“Neste particular, registro que a imprensa digital está em franco crescimento no país, através da difusão em larga escala da inclusão digital, que, infelizmente, ainda deixa a desejar em nosso país, mas que se revela a cada dia instrumento importantíssimo na consolidação da democracia e na possibilidade de que as pessoas possam ter acesso às informações importantes e atualizadas sob todo o cenário nacional e internacional.”

Mas o que fez, afinal, de tão inusitado, o prefeito de Bom Despacho? Para responder a isso, recorro ao relato do vereador Fernando Cabral, em seu blog. A notícia completa pode ser lida aqui: http://t.co/D78Qf6Za . Um resumo:

Na manhã do dia 31 de janeiro último, Rosemberg filmava o letreiro quebrado do prédio da prefeitura, a escadaria em mau estado e uma placa de prestação de contas desatualizada desde 2005. Seu objetivo era publicar as imagens no seu blog, mostrando como o próprio prédio da prefeitura está abandonado, e como a administração não presta contas dos seus gastos e sua arrecadação. O prefeito chegou num carro Fiat, parou ao lado e, gritando palavrões, puxou a filmadora, arrebentando a alça que a prendia ao pescoço, jogou-a no banco de passageiros, arrancou o carro e sumiu com o instrumento de trabalho do blogueiro.

Não sei ainda em que vai dar essa agressão. (Rosemberg registrou Boletim de Ocorrência na polícia e contratou advogado.) Mas sei que devo me solidarizar com alguém. E não é com o prefeito…

(*) - Jornalista
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