JORNALISTA CLENIO ARAÚJO
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“ É POSSÍVEL SAIR DO
BURACO? "
Jornalista CLENIO ARAÚJO:
antes de tudo, um bom-despachense atento!
“Todos os dias, vemos como nossa Bom Despacho está cheia de buracos nas ruas. Alguns já fizeram aniversário; outros aumentam de tamanho, como se estivessem sendo alimentados; outros mais surgem, aparentemente do nada, e fazem de algumas ruas quase um queijo suíço. Dessa ladainha, todos estamos cansados. E, quando chegam as chuvas, a choradeira aumenta ainda mais.
Mas por que existe, em toda época de chuvas principalmente, tanta choradeira? Será que é tão difícil programar os reparos devidos e, mais ainda, será que é impossível fazer esses reparos de maneira a resolver de vez esse problema? Há quem diga que, se o buraco for bem tapado de uma vez por todas, não vai ter mais serviço – que, justamente, é o de tapar (de novo!!!) o mesmo buraco algum tempo depois.
A situação está tão crítica que, em alguns locais, os buracos já estão quase ligados uns aos outros. Nesses lugares, não existem buracos nas ruas; ao contrário, é rua nos buracos! Uma inversão total e vergonhosa. Ao menos os buracos são democráticos, não escolhendo bairro. Estão em todas as regiões da cidade, numa demonstração de que, sim, é possível desagradar a todos.
As duas entradas asfaltadas da cidade são um caso à parte. Se não prestarem atenção e desviarem, os motoristas certamente caem nas dezenas de buracos. Como fazem parte da MG 164, uma rodovia estadual, são de responsabilidade desse nível do governo. Portanto, o descaso quanto à qualidade das pistas por onde trafegamos também é democrático, envolvendo duas esferas de governo: a municipal (no caso das ruas) e a estadual (no caso da rodovia).
Seja de que nível de governo for a responsabilidade, isso parece pouco importar para a população, que quer é ter por onde trafegar sem ficar desviando de buracos ou correndo riscos de acidentes. Isso é tão óbvio que nem precisava ser repetido. Mas nem o óbvio tem sido respeitado em relação ao trânsito de Bom Despacho, que também vê aumentar quebra molas mal feitos e vê faltar sinalização em vários e perigosos pontos.
Obviamente, justiça seja feita, a instalação de rotatórias melhorou o tráfego sensivelmente em diversos locais, como próximo à Santa Casa, próximo à Câmara Municipal e no cruzamento das avenidas dr. Roberto e do Rosário. Nem tudo está perdido, portanto. E as boas iniciativas também merecem ser lembradas, mesmo que sejam em número infelizmente bem menor do que as necessidades urgentes do trânsito.
Necessidades que o poder público municipal parece também ver como urgentes. Tanto que, vez ou outra, sai notícia de verba específica para recapeamento de vias, melhorias na sinalização e asfaltamento (que tem sido feito em diferentes regiões da cidade, mesmo que com uma qualidade aquém da esperada). Notícias que quase viram pó, já que, na prática, o que acontece em termos de investimento nessa área é muito menos do que se divulga.
E assim, de buraco em buraco, entramos no famoso ano do centenário. Alguns gostam de lembrar que Bom Despacho e Divinópolis têm a mesma idade. Pena que não tiveram a mesma atenção de diferentes grupos políticos, que mais exploram que fazem desenvolver essa região estrategicamente posicionada e com um potencial que – por teimosia e poder desses grupos – permanece deitado em berço esplêndido."